segunda-feira, 30 de setembro de 2013

SISTUR

Questões de Qualidade nas Atrações
  • Autenticidade
  • Conservação e preservação
  • Questões de fundos financeiros para administração das atrações
  • Identificação dos fatores críticos das atrações e do setor
  • Uso de ferramentas de qualidade e técnicas inovadoras para gestão


Autenticidade:

  • Atração como Patrimônio - considerando tradições culturais, lugares e valores;
  • garantir o Senso de Pertencimento da comunidade;
  • introduzir “atrações” de patrimônio na mente dos visitantes como primeiro passo no processo para interpretação e preservação
  • propor políticas de desenvolvimento do turismo

Conservação e preservação
O uso dos patrimônios deve ser feito de forma sustentável, sempre respeitando a atração, de modo a preservá-la e mantê-la em boas condições por mais tempo.

Patrimônio Natural consideram:
  • áreas especiais de conservação;
  • áreas naturais de beleza cênica
  • Além da conservação de espécies de flora/fauna,
  • a geração de empregos diretamente relacionados ao patrimônio natural;
  • empregos gerados com as atividades de recreação desenvolvida nos espaços

Fundos Financeiros.
  • são garantidos pelas organizações patrimoniais mundiais e pelos suportes corporativos e governamentais
  • conseguir demonstrar um relacionamento entre o nível de suporte e a satisfação do cliente pode ser estratégico para a manutenção da verba
  • museus com novas propostas de atividades e espaços para seus visitantes

Compreensão dos fatores críticos para visitação às Atrações
Aspectos a serem observados:
  • Sentido da “qualidade” para a organização:
quem é o cliente, seu perfil
comunidade e ambiente (local e nacional)
competição (local, nacional e global)
  • Responsáveis pela “qualidade”: para ajuste de padrões;
  • Procedimentos para solução

Fatores-chave críticos para o sucesso das Atrações
Imagem
Motivação
Acessibilidade
Mix de facilidades
Mecanismos de compra
Qualidade de serviço ao visitante

Imagem:
impressão do visitante → formada nos 6’’ iniciais da visita à atração
antes da viagem → imagem positiva com os websites
experiência positiva → aparência e layout físico da construção, espaços e salas internas
eficiência e facilidade do fluxo de turistas
planejamento efetivo e controle das atividades do dia a dia

Motivação:
do visitante → conhecimento das expectativas, necessidades e desejos
dos funcionários → sensibilização e treinamento para ser cortês e garantir o sucesso da visita
(deverão ser considerados todos os setores e não só os da “linha de frente”)

Acessibilidade:
necessidades do visitante → horário de visitação tradicional, prevê outras alternativas?
formas de acesso de acordo com as indicadores físicos de direção e informação estrategicamente apresentados
acesso virtual → permite a “visita’” antecipada, para maior aproveitamento.
Mix de facilidade:
Nem sempre estão sob o gerenciamento da Atração, mas são fundamentais para que a experiência seja positiva.
serviços no local → estacionamento, sinalização, literatura, assentos, iluminação, acessos, sanitários, cestos de lixo, facilidades de compra, alimentação, atividades educacionais e de entretenimento.
fora do local → sinalização de todas as rotas de acesso, acomodação e transporte

Mecanismos de compra:
Os produtos e serviços devem ser facilmente acessados e promovidos, sejam comprados ou gratuitos, apropriados à imagem da Atração e aos segmentos de mercado

Qualidade de serviço ao visitante:
Cultura de Serviços”
Recrutamento – identificação das qualidades e atributos necessários para satisfazer os padrões de qualidade
Treinamento – para conhecimento de todas as operações visando o melhor desempenho
Comunicação, habilidades interpessoais – a partir da atribuição de papéis e responsabilidades, revisões periódicas no conhecimento da equipe, orgulho do trabalho e cortesia
Não focar apenas no componente humano da equipe mas na satisfação da necessidades do visitante considerando os cenários físicos e políticos

Intervenções importantes!
Desenvolvimento de produtos e inovações
Atividades de marketing e promoção
Geração de renda e fundos financeiros
Educação e treinamento
Intervenção da comunidade e do setor público

Análise da qualidade para locais de visitação a Patrimônio Histórico Cultural
A partir de 5 aspectos-chave do serviço:
Tangibilidade: facilidades físicas, equipamentos, aparência da equipe;
Confiabilidade: habilidade da organização de prestar um serviço com segurança e pontualidade;
Receptividade: boa vontade do prestador de serviços para ajudar aos clientes;
Segurança: conhecimento e cortesia do pessoal, habilidade para inspirar a confiança;
Empatia: nível do cuidado e atenção individual dada aos clientes

Gerenciamento de visitas a Patrimônio Histórico Cultural
Permitem avaliar a qualidade da experiência considerando o detalhamento de todo o processo vivenciado pelo visitante;
Gera fluxogramas que cruzam as ações do visitante com as ações de prestação de serviço;

Permitem visualizar as tarefas gerenciais que embasam cada fase da experiência do visitante.


SISTUR – SISTEMA DE TURISMO (visão sistêmica da atividade turística)
O turismo se caracteriza por ser uma atividade socioeconômica relativamente jovem que engloba uma grande variedade de setores econômicos, agentes implicados e disciplinas acadêmicas.

Esta complexidade, em sua composição, resulta em uma dificuldade para estabelecer definições unânimes que ajudem a delimitar o conceito.

O turismo não se constitui de um corpo de doutrina metodicamente ordenado, se trata de uma ciência em desenvolvimento, para a qual convergem a maioria das ciências sociais já consolidadas, é, portanto uma área Multidisciplinar

Teoria Geral dos Sistemas (TGS):
Sistema é um conjunto estruturado ou ordenado de partes ou elementos que se mantêm em interação, isto é, em ação recíproca, na busca da consecução de um ou de vários objetivos” (Bertallanffy, 1945)
Sistema pode ser definido como sendo um conjunto de elementos, ou de componentes que mantêm relações entre si” (MELO, 2006, p21).

Sistemas fechados
Não trocam matéria ou energia com o ambiente em que estão inseridos.
Raríssimos, podem ser considerados conceituais

Sistemas abertos
Interagem com o ambiente em que estão inseridos.
Organizações sociais são sistemas abertos

Objetivo geral do SISTUR:
Desenvolver o plano de estudos da atividade de turismo, levando em consideração a necessidade de fundamentar as hipóteses de trabalho, justificar posturas e princípios científicos, aperfeiçoar e padronizar conceitos e definições, e consolidar condutas de investigação para instrumentar análises e ampliar a pesquisa, com consequente descoberta e desenvolvimento de novas áreas de conhecimento em turismo.

Mário Beni:
Dividido em três grandes conjuntos:
1. Conjunto das ações Operacionais – AO;
- Oferta turística → bens e serviços efetivamente colocados no mercado;
- Demanda turística → serviços efetivamente solicitados pelo consumidor
2. Conjunto das Organizações Estruturais (OE)
- Infra-estrutura → serviços de apoio à comunidade (água, luz, etc), sistemas de acesso e transporte, sistemas de comunicações, sistemas de segurança, equipamentos sociais (escolas, hospitais, etc)
- Super-estrutura → entidades públicas e privadas – ministério, secretarias de turismo, associações, etc.
3. Conjunto das Relações Ambientais RA
Ecológico → benefícios e impactos do meio ambiente;
Social → benefícios e impactos na sociedade;
Cultural → benefícios e impactos culturais em uma localidade;
Econômico → benefícios e impactos econômicos em uma localidade

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Planejamento

Perguntas básicas
O quê? - objeto de estudo.
Por quê? Justificativa, objetivos, análise do ambiente.
Como? - Metodologia, estratégias, ações.
Onde? - Localização.
Quando? - Cronograma
Quem? - Matriz de responsabilidades, agentes.
Quanto? - Recursos materiais, humanos, verba.


Tipos de documentos de planejamento.

Plano: É mais abrangente – apresenta a análise de todas as variáveis envolvidas, portanto, é mais superficial
Projeto: É mais específico e mais detalhado – considera um setor ou um elemento do planejamento
Programa: É o conjunto de projetos similares ou que se complementam = Programa de Capacitação de Recursos Humanos para o Turismo


POT Normativo - impor leis e regras desde o início da atividade turística.
Criação de regras para a preservação de patrimônios e fazer com que o turismo não seja degradante ao meio ambiente e a segurança do turista. (intervenções, elementos facilitadores)

POT Corretivo - Visa corrigir falhas que a atividade apresente por inexistência de planejamento anterior (prazos e custos são maiores).
Formas de facilitar a visitação em locais de potencial turístico. (segurança, preservação) - Quando há uma demanda inesperada e grande fluxo.


Planejamento Transposto
- aplicar um planejamento feito em um local X (levando em consideração as características gerais do local X) e aplica-lo sem as devidas alteração em um local Y com características diferentes, não levando estas em consideração.

Planejamento Participativo - É um planejamento com obrigações com características e especificações locais, os habitantes da região têm que se mobilizar para a mudança, deve haver a prática a democracia e da cidadania, ou seja, garantir o bem estar social, zelar pela qualidade dos atrativos, controle de fluxo de turistas, incentivar parcerias locais para fortalecer a economia local, criação de obras (melhoria de hospedagem, vias de acesso), sinalização e informação tanto para os turistas quanto para os moradores da região, criação de regras, incentivo da capacitação (tornar a atividade turística mais profissional) e manter a economia local.
-Participação
- Intersetoralidade
- Sustentabilidade

 Atores -> moradores, turistas, governantes e mercado.

- A comunidade local direta e indiretamente relacionada a atividade turística.
- Os empresários do turismo no destino e na origem 
- Iniciativa pública local, regional e nacional
- A sociedade civil organizada e os turistas

Para a coleta de informações de turistas é preciso ter pesquisa. Para isso é necessário uma representação, união de moradores, representantes, organizações, associações...

Contur - moradores, mercado e governantes. -> reuniões para satisfazer os desejos e necessidades da população regional, abranger assuntos sem gerar pessoas ao risco e que todo estejam de acordo. Participação voluntária. Todos têm deveres com os âmbitos ambientais, sociais e econômicos.
- moradores ( associações)
- mercado (parcerias)
- governo (polícia, transporte... pessoas de esfera pública.)

• Direita - Aqueles que trabalham direto com o turismo. (concierge, agentes de turismo, guias.)
• Indireta - Sentem o reflexo das atividades turísticas. (frentistas, material de construção)

Indicadores de desempenho
 números para medir o sucesso do plano.
- avaliação de projetos, saber se a ação aplicada foi bem executada e se funciona, pesquisa de mercado. Tanto pré quando pós.







terça-feira, 26 de março de 2013

Marketing


Marketing

Conceito – toda a atividade humana que visa satisfazer as necessaiddades e desejos do ser humano, através do processo de troca.

Maslow – (pirâmide)
Para chegar a AUTO REALIZAÇÃO deve-se obter com sucesso os seguintes fatores na respectiva ordem; necessidades fisiológicas básicas, necessidade de segurança, necessidades sociais e auto-estima.

Variáveis Controláveis (4p’s)
-       produto – preço – praça – promoção.

  Conceitos de empresa
-       produto – produção – venda – marketing.
Makerting é o melhor conceito, pois conclui todos os outros em um só. Satisfaz o cliente pois faz uma pesquisa de mercado procurando melhorias.

Variáveis Incontroláveis (ambientes)

Micro-ambiente: 4 forças -> cliente – fornecedores- concorrentes – stakeholders (fiscalização; grupos de interesse, órgãos, istitutos, acionistas, sindicato dos trabalhadores etc.)

Cliente:  pessoa física – pessoa jurídica

Concorrentes:
-       diretos; comercializam o mesmo produto ao mesmo público.
-       Indiretos; comercializam produtos diferentes (substitutos) para públicos diferentes.

Macro-ambiente: forças sociais. Demografia, tecnologia, economia, natureza, política e cultura.

SIM – sistema de informação de marketing.
Pesquisa de mercado – liga consumidos, cliente e público ao profissional de mkt através de informações coletadas.

Tipos de pesquisa –
  1. Pesquisa e propaganda: ações que vão gerar um feedback. Retorno positivo.
  2. Economia de negócios e pesquisa corporativa: PIB, informações de renda, linha branca.
  3. Pesquisa de responsabilidade corporativa: envolve direito ao consumidor, sustentabilidade.
  4. Pesquisa de produto: informações em relação a satisfação ao produto.
  5. Pesquisa de venda e de mercado: desempenho das vendas.
Clipping – tirar notícias da mídia ( relatório de informações)

Mailing List – endereço das pessoas.

Call center – agências de telecomunicação.

Dados primários:
Consistem em informações coletadas para o propósito específico em questão

Dados secundários:
Consistem em informações que já existem em algum lugar, tendo sido coletadas para algum outro propósito.

4 etapas:
  1. Definição de problemas e dos objetivos da pesquisa;
  2. Desenvolvimento do plano de pesquisa para coleta de informação;
  3. Coleta e análise de dado. Colocar o plano de pesquisa em prática.
  4. Interpretação dos dados.

Formas de pesquisa:
-       Questionários postais E entrevistas via E-mail– coleta grande quantidade de informação, rápido e barato. Mas deve ser simples, questões claras e não flexíveis.
-       Estrevistas p/ telefone – coleta rápida de informação de forma mais flexívei, porém tem custo elevado.
-       Entrevistas pessoais – Bem flexíveis e coletam grande quantidade de informação, porém há problemas de custos e de amostragem.

Comportamento do consumidor
- Cultural: classe social
- Social: família, grupos de referência
- Pessoal: idade, renda, ocupação
- Psicológico: motivação, percepção, nivel de escolaridade.


Decisão de compra:
-       Iniciador ( quem procura o produto)
-       Influenciador (mercado, sociedade, propaganda)
-       Decisor (quem decide o produto escolhido)
-       Comprador ( quem paga pelo produto)
-       Usuário ( quem faz uso do produto)

Através do planejamento de marketing pode-se deliniar estratégias de marketing para cada papel de consumidor.

O processo de decisões de comprar (SIM) é importante pois o marketing é baseado num conjunto de ações e demandas. É necessário despertar interesse no comprador, criar iniciadores; também é necessário um plano de marketing para que o decisor escolhe seu produto.
Mostrar ao comprador a facilidade em alcançar o produto. O usuário deve mostrar que o produto é, de fato, satisfatório, memorável.
É o plano de marketing que irá destinguir e definir as escolhas feitas e experiências tidas pelo produto do iniciador, decisor, comprador e do usuário.

Amostra: segmento que representa o todo. 

Compradores industriais - compram o produto para criar outro. 

Mercados Organizacionais: 
Organizações formais, grandes empresas.
Menor número de compradores, geralmente concentrados geograficamente com demanda rígida, não é intensamente afetado pela mudança dos preços, especialmente a curto prazo. Demanda varia mais e com mais frequência.  

Tipos de mercados: 
- Industrial: faz o produto da matéria prima. 
- Revendedor: compra e revende. 
- Governamental: compra ou alugam bens e serviços para que executam suas funções.

Características do comprador INDUSTRIAL (8 estágios) :
- Identificar o problema
- descrição geral da necessidade
- especificar o produto
- identificar os fornecedores
- solicitar uma proposta
- selecionar os fornecedores
- especificação rotineira de pedido
- revisão do desempenho.

Características do REVENDEDOR: 
- Busca pelo melhor preço, margem de lucro.
- exclusividade do produto
- plano de marketing
- propaganda e suporte de promoção de vendas.
- reputação da empresa em termos de vendas. 

Características do comprador GOVERNAMENTAL (esferas do governo):
- Compradores Federais: ministérios, secretarias, comissões, câmara dos deputados, senado, presidência da república, exército, etc. 
- Compradores Estaduais: secretarias, departamentos, hospitais, polícia, escolas, etc.
- Compradores Municipais: escolas, guarda-civil, creches, etc. 

Processo de Compra: Publicação da edital (licitação). Empresas interessadas e qualificadas devem enviar as propostas; vence a licitação de acordo com as especificação da edital (melhor prazo de entrega, melhor preço, melhor produto, melhora forma de pagamento). 

Mercado - grupo de compradores reais de um potencial produto. 

Estimar Demanda: Q = n.q.p 
Q - demanda total do mercado
n - nº de compradores no mercado
q - quantidade comprada anualmente por um comprador médio
p - preço médio unitário.

Projeção da Demanda: i = (Qn/Q0 - 1)/ n
i - taxa média de crescimento
Qn - nº de eventos final
Q0 - nº de eventos inicial
n - nº de períodos da série

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

GEOGRAFIA

BIOMAS: Grandes espaços naturais, o conjunto dos
ecossistemas terrestres ou o conjunto dos tipos fisionômicos
semelhantes de vegetação.

São eles:
• Floresta amazônica ou floresta pluvial; cobre grande parte da bacia amazônica, tendo seus limites a leste com a mata dos cocais, vegetação de transição para a caatinga e, ao sul, com os cerrados.
Localiza-se nas regiões onde a precipitação está acima de 1800-2000 mm anuais e onde as temperaturas não são extremamente altas, mas caracterizam-se por médias regulares durante o dia e à noite ao longo do ano. Sua área de ocorrência está numa bacia hidrográfica que se eleva a poucos metros acima do nível do mar, não sofrendo variações climáticas em decorrência da altitude.
Pode ser agrupada em:
mata de terra firme - nunca inundada, abrange cerca de 90% da área total da floresta e se constitui no habitat da castanha-dopará
mata de várzea - periodicamente alagada e habitat da seringueira
mata de igapó - permanentemente alagada e habitat da vitóriarégia (chega a atingir 2m de diâmetro).
Os três tipos de mata estão sujeitos ao regime de inundação dos rios.
Sua biodiversidade é enorme e pouco conhecida. Somente algumas espécies de valor econômico têm sua geografia conhecida (como a seringueira).

Cerrado; Possui solos pouco férteis, formados pela deposição de sedimentos antigos que sofreram desgaste por milhares de anos. Apesar disso, estes solos são continuamente transformados em pastagens e monoculturas, sobretudo a da soja.
Suas árvores tortuosas e espaçadas apresentam troncos de cortiça espessa e folhagem coriácea e pilosa, com raízes profundas que chegam a 15 m de profundidade do solo. As precipitações anuais são superiores a 1000 mm anuais, não havendo escassez de água, apesar da sazonalidade.
Ocupam terrenos planos ou levemente convexizados do Brasil central, parte dos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Sofre a ação constante das queimadas que ameaçam a fauna e destroem as matas-galeria que protegem a drenagem.

• Mata atlântica; Denominação genérica de Mata Atlântica: áreas primitivamente
ocupadas pelas seguintes formações vegetais constantes do Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE, 1993):Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual, manguezais, restingas, campos de altitude, brejos interioranos e enclaves florestais do Nordeste - cobertura florestal praticamente contínua nas regiões sul, sudeste e, parcialmente, no nordeste e centro-oeste
Ocorre uma grande variedade de matas tropicais úmidas nas regiões costeiras do país, acompanhando a distribuição da umidade trazida pelos ventos alíseos de sudeste.
É um dos mais ricos conjuntos de ecossistemas em termos de diversidade biológica do Planeta; distribuída ao longo de mais de 23 graus de latitude sul; o bioma é composto de uma série de
fitofisionomias bastante diversificadas; significativa diversificação ambiental e, como conseqüência, a evolução de um complexo biótico de natureza vegetal e animal muito rico.  

• Caatinga; Composta por vegetação que perde as folhas na estação seca (com a exceção de algumas palmeiras e do juazeiro, cujas raízes profundas captam água do subsolo); suas plantas caracterizam-se pela xeromorfia, espécie de revestimento de tecidos que ajuda a perder menos água por transpiração,
resultando em folhas grossas, coriáceas e pilosas.
Em direção ao litoral a caatinga dá lugar ao agreste, vegetação de matas pouco densas, com árvores tortuosas e que também perdem folhas na estação seca.
É a vegetação típica do clima tropical semi-árido cuja pluviosidade é inferior a 600 mm anuais e temperaturas médias mais altas do país (26 graus Celsius), o que resulta em severo déficit hídrico.


• Pampas; Também chamados de campos, são formações abertas, cobertas quase só por gramíneas,
sendo encontradas algumas árvores e arbustos próximos a cursos d'água.
Ocorrem principalmente no Rio Grande do Sul.O clima é subtropical, com temperaturas amenas e chuvas constantes com pouca alteração durante todo o ano.
O solo em geral é fértil e grande sua utilização pela agricultura e pecuária, tanto a leiteira quanto a de corte.
É nesta região que se encontram os melhores rebanhos de corte do Brasil; a maioria das carnes para exportação sai dos pastos sulinos. Às vezes estes rebanhos fazem uso até de pastos nativos.

• Pantanal; Corresponde às planícies inundáveis da depressão da bacia hidrográfica do rio Paraguai; são terrenos baixos que se estendem pelo chaco paraguaio e se prolongam até as planícies pampianas da América do Sul. O sistema de drenagem que inunda as planícies recebe denominações regionais conforme a área da bacia (Paiaguás, Nhecolândia, Miranda, etc)
A depressão do pantanal formou-se provavelmente após a separação da antiga Gondwana e o soerguimento dos Andes, o que originou a bacia do rio Paraguai.

Caracteriza-se por clima tropical com temperaturas elevadas e estação seca prolongada. Sua
avifauna é a mais rica do planeta e se apresenta nos mosaicos de floresta, cerrados e campinas higrófilas.


LITORAL BRASILEIRO
• 7408 km: do Cabo Orange (AP), foz do rio Oiapoque ao Arroio Chuí (RS)
• Importância econômica: Pesca, Extração de sal (salinidade, temperatura, evaporação, ventos: RN, CE,
RJ), Turismo (grande potencial, infraestrutura precária), Petróleo (plataforma continental), Importância estratégica (posição privilegiada no Atlântico Sul); Segurança Nacional (1970 – 200 milhas da costa -370,4 km)
• Ilhas; Continentais ou costeira – próximas à costa. Oceânicas – distantes da costa, origem vulcânica
(exceção: Atol das Rocas - origem coralígena+vulcânica)

Formação do Litoral Brasileiro; Evolução geológica: milhões de anos -separação do Gondwana (América do Sul, África, Índia e Austrália)-  há 220 milhões de anos. Regiões Costeiras: evolução constante, acelerada pela ação antrópica.


Divisão
Litoral Amazônico ou Equatorial
Litoral Nordestino ou das Barreiras
Litoral Oriental
Litoral Sudeste
Litoral Meridional ou Subtropical

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Caracterização, análises da localização, zoneamento e limites das unidades
  • O SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) – categorias de Unidades de Conservação.


Benefícios das áreas protegidas:
1. Conservação da biodiversidade.
2. Conservar os recursos hídricos;
3. Conservar belezas cênicas;
4. Proteger investimentos (evitando e controlando a erosão do solo e o assoreamento dos rios e represas, mantendo regular a vazão dos rios etc.);
5. Proteger sítios históricos e/ou culturais;

6. Manter e produzir a fauna silvestre;
7. Proporcionar oportunidades de recreação em contato com a natureza;
8. Proporcionar oportunidades de educação ambiental;
9. Propiciar o manejo dos recursos florestais;
10. Assegurar a qualidade do ar e da água; e
11. Ordenar o crescimento econômico regional (organizando e enfocando todas as ações do desenvolvimento integral rural e urbano, pela geração de oportunidades estáveis de emprego e renda), bem como de economias locais sustentáveis.


Criação de "ilhas biológicas“: significou um grande passo na luta para evitar a tendência de destruição de recursos naturais - contudo, aquém do desejável para a manutenção da megadiversidade.
Objetivos da administração destas áreas: variam desde a preservação da natureza em sentido estrito até a extração controlada de seus recursos.



Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC; criado pela Lei 9985/2000
• Segundo o Min. Meio Ambiente – em 10 anos foram criadas 378 UCs.

- Vantagens do SNUC; Possibilita a criação de um sistema de unidades de conservação que integra, sob um só marco legal, as unidades de conservação das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Brasil é responsável pela criação de 74% de todas as áreas destinadas à conservação no mundo entre 2003 e 2008.

- Dois problemas; Total de área protegida por bioma é insuficiente para a conservação da biodiversidade (mínimo de 10% de proteção integral por bioma, segundo as conclusões do "IVCongresso Internacional de Áreas Protegidas", Caracas 1992). Áreas já criadas ainda não atingiram plenamente os objetivos que motivaram sua criação.



1. Áreas Protegidas
• Áreas de terra e/ou mar especialmente dedicadas à proteção e manutenção da diversidade biológica e de seus recursos naturais e culturais associados, manejadas por meio de instrumentos legais ou outros
meios efetivos.
2. Unidades de Conservação – UC
• Espaços territoriais (incluindo seus recursos ambientais e as águas jurisdicionais) com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e com limites definidos, sob regime especial de administração, às quais se aplicam com garantias adequadas de proteção.


Impacto Econômico Global das Áreas Protegidas
• Objetivos econômicos das áreas protegidas: algumas iniciativas demonstram que se pode aumentar frentes de trabalho e renda com a criação de novas áreas protegidas, desde que bem gerenciadas, tendo-se como princípios o uso ordenado e o respeito à capacidade de suporte dos ambientes.


Importância da Conservação da Biodiversidade

“biodiversidade é a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.”


• Contribuição econômica direta: imensa quantidade de produtos alimentares, farmacêuticos e de uso industrial derivados da fauna e da vegetação, os quais contribuem, ou podem vir a contribuir, diretamente para a vida humana.
• Participação na manutenção dos grandes ciclos ambientais gerais do planeta: ciclo da água, climáticos, de nutrientes etc.
• Valores estéticos paisagísticos: atraem as pessoas por sua beleza ou "poder de fascinação", sentimento de admiração, complexidade e variedade das inúmeras interligações das diferentes formas de vida etc.
• Justificativas éticas inerentes às próprias espécies: seu valor por si mesmo, o próprio direito de existir das espécies.


As unidades de conservação (UC's) são divididas em dois grupos:
1. UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL – objetivo:  preservação da natureza; admite-se
apenas o uso indireto de seus recursos naturais  - atividades educacionais, científicas e recreativas.
Estação Ecológica: preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas; de posse e domínio públicos.
Reserva Biológica: proteção integral da biota e demais tributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação
de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais; de posse e domínio públicos.
Parque Nacional: preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico; de posse e domínio públicos.
Monumento Natural: preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica; pode ser constituído por áreas particulares.
Refúgio de Vida Silvestre: proteção de ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória

2. UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL – objetivo: compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

• Área de Proteção Ambiental (APA): área extensa, com certo grau de
ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou
culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bemestar das populações humanas – objetivos: proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais; constituída por terras
públicas ou privadas.
• Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE): área geralmente de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza; constituída por terras públicas ou privadas.
• Floresta Nacional (FLONA): área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas; de posse e domínio públicos.

• Reserva Extrativista (RESEX): área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte; objetivos: proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade; de domínio público com seu uso concedido às populações extrativistas tradicionais.
• Reserva de Fauna; área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre manejo econômico sustentável de recursos faunísticos; de posse e domínio públicos.
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável: área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica; de domínio público.
• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.



















segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Festa da Uva

Introdução


         A festa da Uva, ou Festa Nacional da Uva de Caxias do Sul, é uma festa brasileira de cultura italiana e da produção agro-industrial regional que acontece a cada dois anos no município de Caxias do Sul, estado do Rio Grande do Sul. É a maior festa comunitária do sul do país. Símbolo cultural da região da Serra Gaúcha, o evento possui uma história rica e em constante desenvolvimento.
         Sua mais recente edição, de 2012, foi realizada entre os dias 16 de fevereiro e 4 de março.




1. Festa da Uva 2012.

        A 29ª Festa Nacional da Uva e 23ª Feira Agroindustrial atingiu a marca de mais 805 mil pessoas envolvidas em suas atividades. O presidente da Comissão Comunitária, Gelson Palavro, destaca a qualidade do evento que nesta edição através do tema “Uva, Cor, Ação – A Safra da Vida na Magia das Cores” homenageou os 80 anos de Festa da Uva, os 40 anos da primeira transmissão em cores da tv brasileira e o ano da Itália do Brasil.

“Os números, tanto de público quanto de receita, com certeza são importantes, mas não devem ser colocados acima do principal objetivo do evento é satisfazer os visitantes e proporcionar bons negócios aos expositores. Neste sentindo, avaliamos que conseguimos alcançar as metas e ainda por cima, superamos expectativas”

        Destaca o presidente Gelson Palavro que na manhã desta quarta-feira, 11 de abril, divulgou o Balanço Final e a Pesquisa de Satisfação em coletiva de imprensa.
        Entre as conquistas e aspectos positivos desta edição, Palavro destaca diversos pontos. A maior integração, aproximação e envolvimento da comunidade caxiense através de novos concursos realizados como o que escolheu a música tema da Festa o carro alegórico das Soberanas, além da escolha da Coroa da Rainha e da Rainha e Princesas da Festa.
        A tecnologia avançada também contribuiu para a comodidade do público. Os ingressos para os shows nacionais, Parque de Eventos e para o Desfile Cênico Musical puderam ser adquiridos antecipadamente via internet e recebidos em casa ou retirados no dia na bilheteria. Além disso, durante os 18 dias do evento, o público que esteve no Parque pode acessar gratuitamente a internet wireless.

        O layout da feira contou com modificações que melhoraram o acesso e fluxo de pessoas durante a visitação. O Pavilhão 2 ganhou corredores mais largos e caminhos menos sinuosos. No Espaço Multicultural, os visitantes tiveram a disposição três camarotes (dois laterais e um nos fundos) e uma ala vip para assistir com mais conforto aos sete shows nacionais que animaram o evento.
        Os palcos adicionais, como o Ítalo-Gaúcho e o Espaço Jovem, trouxeram diferentes atrações para agradar ao mais variado gosto musical. “Outro aspecto positivo foi a interação dos grupos teatrais no Parque. O visitante se surpreendeu e se divertiu com as mais de mil inserções artísticas e culturais”, comenta Gelson.
        A retomada do espetáculo Som & Luz também foi outro aspecto muito importante. Com o texto revisado e novo formato, foram nove apresentações que encantaram turistas e caxienses. Já o espaço Sabor da Festa foi novidade nesta edição. Em um estande climatizado, em três opções de horário diariamente, o público participou de minioficinas onde foi possível conhecer, saborear e aprender a diferenciar oito variedades de uva produzidas em Caxias do Sul, apresentadas por engenheiros-agrônomos da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.  Ao final do curso, cada participante recebia uma caixa com as uvas degustadas.
        Entre as milhares de atrações da Festa da Uva, o Desfile Cênico Musical com seus 1,5 mil figurantes ganhou destaque especial. Das oito apresentações programadas, devido ao mau tempo, aconteceram seis. A cena final, em frente à Praça Dante Alighieri, reuniu apoteoticamente grande parte dos figurantes, a Rainha Roberta Veber Toscan e as Princesas Aline Casagrande e Kelin Zanette ao som do Coral e Orquestra Municipal.
        Os figurantes foram divididos em quatro blocos que retrataram o tema da Festa, recontando desde o início da imigração em 1875 até o sucesso da celebração da colheita com a Festa da Uva. As arquibancadas cobertas e lugares numerados com capacidade para quase 2 mil pessoas, totalizando 40% a mais de espaço do que em edições anteriores, também facilitaram o acesso aos espectadores.

        O presidente também ressalta as conquistas obtidas.

         “O reconhecimento da importância da Festa e do trabalho de todas as comissões durante estes 81 anos se fez presente através das homenagens na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em outubro; o Prêmio Líderes e Vencedores 2011, na categoria Expressão Cultural, em dezembro, entregue pela Federasul e Assembleia; e pela Sessão Solene na Câmara dos Deputados, em fevereiro.”

        A Festa Nacional da Uva 2012 teve patrocínio máster do Banrisul – Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Bradesco e Prefeitura Municipal de Caxias do Sul, e patrocínio da Colombo, Cadence, Cielo, Eletrobrás, Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Petrobrás, Randon, Marcopolo, TIM e Unimed Nordeste.






2. História

        A Festa da Uva remonta aos inícios da colonização italiana no Rio Grande do Sul. Entre os primeiros imigrantes era hábito uma certa reverência à terra e à colheita, como elo de ligação entre as pessoas e como respeito pela dádiva do alimento. Em cada travessão, os primeiros núcleos de casas e plantações, realizavam-se comemorações por ocasião da colheita da uva e de outros produtos da terra. Com o crescimento da colônia, estas primeiras festas agrícolas dispersas foram fundidas em uma única, a Feira Agro-Industrial, realizada em 1881, que ocupou duas salas no edifício da Diretoria de Terras.         Outras edições ocorreram depois, em intervalos que variaram de dois a doze anos, utilizando outros espaços da então Vila de Caxias, como os salões do Clube Juvenil, do Recreio da Juventude e do Quartel Federal. A sétima edição, inaugurada em 13 de fevereiro de 1913, foi a primeira a incorporar participantes de outras cidades, como Guaporé, Antônio Prado e Bento Gonçalves. Também os objetivos da Feira mudaram algumas vezes: em 1898 foi realizada para angariar fundos para a construção da Catedral de Caxias do Sul, a de 1918 teve como motivo a visita do embaixador da Itália à região, e em cada novo festejo havia novidades nos itens expostos, passando a mostrar maquinário agrícola, ferramental e itens de uso doméstico produzidos na cidade, e outros elementos.
        Com essa crescente diversidade, Joaquim Pedro Lisboa sugeriu que se criasse uma festividade específica para os produtos que mais caracterizavam Caxias do Sul, a uva e o vinho. Desta forma, em 7 de março de 1931 foi inaugurada a primeira Festa da Uva na cidade. Tendo grande repercussão, foi repetida no ano seguinte, e saiu do interior de salões para ganhar as ruas, com desfiles de carros alegóricos e de grupos caracterizados. Em 1933 foi eleita a primeira Rainha, Adélia Eberle. Durante a Revolução de 30 e a II Guerra Mundial, a Festa da Uva foi interrompida, sendo retomada em 1950 por ocasião do 40º aniversário da cidade e dos 75 anos de Imigração Italiana no Brasil. Mas, neste retorno da Festa, a cidade já era outra, e, com suas ruas centrais pavimentadas, o setor metalmecânico caxiense já superava a própria produção vitivinícola local.
        A Festa da Uva de 1954 foi histórica, pois Getúlio Vargas foi à cidade especialmente para inaugurar o Monumento Nacional ao Imigrante, tendo cometido o famoso suicídio meses depois, em agosto, no Rio de Janeiro.
        Em meados da década de 1950 foi construído o primeiro pavilhão próprio para a Festa da Uva, com 5 mil metros, onde hoje está instalada a Prefeitura Municipal, para abrigar a constante ampliação no número de expositores. Em 1965 a Festa da Uva, com sua Feira Agro-Industrial, já era considerada o maior evento em seu gênero em toda a América do Sul, sendo visitada por mais de 300 mil pessoas.
        Em 1972, a festa foi marcada pela sua transmissão em todo Brasil pela inauguração das transmissões em cores no Brasil. Um novo local para a festa foi escolhido em 1974, sendo transferida para o chamado Parque Mário Bernardino Ramos, com uma área construída de 32 mil metros de estruturas metálicas para os expositores, 30 mil metros para estacionamento, e uma área verde em torno de 400 mil metros. Neste mesmo projeto foram incluídas a criação do museu temático da Casa de Pedra, a transferência do Museu Municipal para a antiga sede da Prefeitura, e a construção de um ginásio municipal, além de outras benfeitorias no entorno do parque. O novo complexo foi inaugurado em 15 de fevereiro de 1975 na XIIIª edição da Festa da Uva. Em 1978 foi erguida ali uma pequena réplica da primeira colônia de Caxias do Sul, com um grupo de casas de madeira e uma igrejinha, animadas por um espetáculo de Som e Luz. Em 2004 também foi instalado no parque o Monumento Jesus Terceiro Milênio, de autoria de Bruno Segalla, e o Memorial Atelier Zambelli, dedicado à preservação do acervo remanescente da oficina da importante família de santeiros, escultores e decoradores da cidade.
        Com os anos a Festa da Uva perdeu seu caráter estritamente local, tornando-se uma comemoração regional, mas ainda que atualmente as seções de indústria e comércio tenham adquirido enorme relevo, ainda se preservam os elementos históricos ligados à uva e ao vinho, responsáveis pelos primeiros ciclos econômicos de Caxias do Sul.




3. Curiosidades

        A 12ª Festa da Uva, em 1972, se tornou um marco na história da televisão brasileira. No dia 19 de fevereiro daquele ano, a cerimônia de abertura do grande evento caxiense teve transmissão direta em cores.
        Pela primeira vez no Brasil, os poucos privilegiados que já possuíam receptores adequados puderem ver as cores das uvas, dos trajes típicos e dos carros alegóricos que desfilaram durante a tarde pelo centro de Caxias do Sul.
        Depois de quase dois anos de preparativos, o início da Festa da Uva foi o primeiro teste oficial da transmissão em cores, via Embratel, para todo o país. A geração das novas imagens coloridas ficou a cargo da TV Difusora, com a colaboração do caminhão de externas e da equipe técnica da TV Rio, além do apoio das demais emissoras do Estado - TV Gaúcha e TV Caxias, do grupo RBS, e TV Piratini, dos Diários Associados. O presidente Emílio Garrastazu Médici e o ministro das Comunicações, o caxiense Hygino Corsetti, foram os convidados de honra do começo das transmissões coloridas das tevês brasileiras. Num monitor instalado no palanque oficial, as autoridades podiam conferir as imagens que reproduziam todas as cores da Serra gaúcha.



Considerações Finais
        O evento, para que possa receber mais turistas, poderia contar com um sistema de credenciamento. Deste modo todos que já participaram da Festa da Uva poderiam receber um comunicado, um convite, para que retornem ao evento, vejam as fotos, recebam comunicados e notícias referentes à festa.
        A divulgação também poderia ser aperfeiçoada em função de atrair mais visitantes, não só para o dia do evento, mas também, para o local onde o mesmo ocorre; conhecer a cidade e sua história, e ao mesmo tempo aproveitar a Festa da Uva.

Evolução do Segmento de Eventos


A evolução da atividade de eventos ocorreu paralelamente ao próprio desenvolvimento da humanidade, que desde os seus mais primórdios tempos já se utilizava dos acontecimentos especiais, inicialmente sem um plano profissional, atendendo a necessidades intrínsecas de um determinado grupo.


Era Paleolítica Média
200.000 – 40.000 a.C
• Aperfeiçoamento de métodos de caça – outrora somente circunstancial;
• Animais de grande porte / ação coletiva
• Compartilhamento do alimento – O surgimento das festas encontrava sua retórica referencial


Terceiro Milênio –Suméria e
Mesopotâmia
• O comportamento alimentar mais uma vez demonstra sua função social, relacionada aos eventos, intensificando a organização de banquetes com rituais e protocolos.


No Antigo Egito
• De maneira semelhante, no Antigo Egito, o banquete era um importante ritual social, além do mero consumo da comida, abarcando a elegância da roupa, formas de condutas, cerimonial e todos os tipos de entretenimento teatral.
• Os acontecimentos fúnebres desenvolveram-se de forma eloquente. As pinturas nas paredes dos túmulos provam isso.


O mundo grego e romano
• As questões de sociabilidade buscavam diferenciar o homem civilizado dos bárbaros – uma horda selvagem inóspita que vivia absolutamente como animais.


As festividades na Grécia
• Rituais cívicos de importante valor para a governabilidade das pólis.
• Forte conotação de divindades – a grande maioria das celebrações iniciava-se por um sacrifício de  sangue, seguido de comida, bebida e entretenimento.
• Bebida especialmente valorizada – SYMPOSION – tipo de acontecimento que relaxava inibições e liberava a imaginação para preservar antigos meios de expressão poética e criar novas.


Jogos Olímpicos  - 776 a.C
• Acontecimentos especiais de quatro em quatro anos, com teor religioso e incentivador da Hospitalidade

Idade Média -> Cristianismo - festas religiosas, banquetes.


As Saturnálias
• Festas em Honra a Saturno, o Deus da Agricultura.
• Enalteciam Anseios, Esperanças e Folclore (tradições de uma comunidade)


Revolução Industrial
• As feiras comerciais ganham novo impulso –maior produção, maiores mercados.
• Feiras de Mostras – Uma região apresenta seu portfólio de produtos e atrações.
• A cidade ícone foi Leipzig, Alemanha.




Século XX – Turismo de EVENTOS
• Thomas Cook planejou uma viagem que levou milhares de pessoas para participarem da
Exposição Mundial de Londres, no Palácio de Cristal.
• A estrutura de ferro tinha 33 metros de altura, o que destruíu as noções
contemporâneas do Espaço. O bilhete de entrada correspondia a seis vezes o
salário semanal de um operário fabril. Atraiu 6 milhões de visitantes e estiveram
representados quarenta países.
• Teares mecânicos, grandes telescópios, prensas hidráulicas, maquinas em
movimento - testemunhas da capacidade inventiva do homem; mas também
diversas ferramentas para a agricultura e produtos para a família


• 1840 –  Primeiro Baile de Carnaval organizado em Salão;
• 1908 – Pavilhão de Feiras da Praia Vermelha – Exposição Nacional.
• 1922 – Exposição do Centenário da Independência – Porte Internacional;
• 1928 – Primeiro evento de Turismo – promovido pelo Touring Club do Brasil.



A partir de 1940 – boom hoteleiro;

• Em 1950 primeira versão do
Congresso da ABAV – incentivo no
investimento dos primeiros centros
de convenções.
• A percepção que a atividade não
parava de crescer começa a atrair a
curiosidade de profissionais de
outras carreiras.


O Prócer de Eventos no Brasil
• Pioneiro no investimento de grandes eventos – Feiras.
Criador de eventos de sucesso, construtor do parque Anhembi (SP), complexo de exposições de
50 hectares, ora em fase de expansão.
• Caio de Alcântara Machado, um visionário do setor.


AS ETAPAS DE ORGANIZAÇÃO DE UM EVENTO

Fase da Concepção - Nesta fase inicial, a idéia de reunião é incorporada por 
seus organizadores  no intuito de começar a dar forma a idéia, através de
várias atividades: reconhecimento das necessidades, elaboração de
alternativas para satisfazê-las, identificação dos objetivos específicos, coleta de
informações sobre os participantes, promotores etc.
Utilização da Pesquisa de Opinião para conhecer perfil do público participante

O planejamento em eventos irá apresentar todo o quadro do evento, desde sua
fase inicial até  ao pós-evento, englobando um cronograma de aplicação do
plano de ação


 - Pesquisa de Opinião – É a coleta de informações frente a um grupo de
pessoas que formarão o Universo da pesquisa. Este universo responderá a um
questionário estabelecido pela comissão organizadora com o intuito de
certificar-se do real interesse do público no evento ou até mesmo descobrir
quais são os latentes interesse do público para a realização de um evento
específico.
Muitos organizadores mencionam que não investem neste instrumento em
função dos elevados custos que as empresas especializadas cobram. De
maneira artesanal e objetiva, a própria comissão poderá aplicar o questionário
e analisar os resultados aferidos. Melhor uma pesquisa de pequena proporção
do que nada!

 - Pesquisa de Mercado – Visa a coleta de informações e dados através de
diversos mecanismos como jornais, revistas, livros, textos, etc.
Atualmente com a internet, este trabalho ficou facilitado com uma ampla rede
de consultas em um curto espaço de tempo.
Na última fase de um evento também nos utilizaremos desta ferramenta
através de uma pesquisa de opinião avaliativa .



Fase do Pré-Evento - Nesta etapa, os profissionais de diferentes formações,
com necessidades e interesses semelhantes, começam a executar atividades  do planejamento propriamente dito como: identificação de entidades físicas e jurídicas com interesses voltados para a
implementação do evento, detalhamento do projeto, detalhamento dos
aspectos administrativos, técnicos e econômicos, definição dos serviços à
serem contratados, detalhamento dos resultados desejados, detalhamento do
orçamento básico, elaboração do cronograma de ações, organização do fluxo
de informações e sua circulação.


Fase do Evento - Nesta etapa, procura-se ajustar os resultados desejados
aos desempenhos possíveis. O esforço de diversos profissionais começa a
se concretizar através da execução de todo o planejamento previamente
estipulado.

Fase do Pós-evento - Após o acontecimento do evento, os organizadores
devem analisar os resultados finais obtidos: Confrontação dos resultados
obtidos com os esperados e desejados.

Momento em que se faz a análise dos acertos e equívocos cometidos
durante a realização do evento. Esta avaliação deve ser feita através de reunião com a equipe
organizadora, opinião do cliente e pesquisa de opinião dos participantes















  • ATRATIVOS (MERCADO)
    Lazer
    Religioso
    Medicinal
    Ecoturismo
    Desportivo
    Cultural
    Negócios



    EVENTO
    Características:
    • Perecível
    • Não estocável
    • É de oportunidade



    RISCOS
    1. É um produto temporário
    2. Sujeito a adesão
    3. Precisa de investimentos
    4. Sujeito a intempéries de diversas ordens
    5. Precisa de uma estrutura que gere estímulo a
    participação.

    6. Fundamentalmente exige planejamento e organização

    7. Há necessidade de pessoal especializado nos mais diversos
    setores de trabalho

    9. Exige liderança em todos os momentos do
    planejamento e organização

    8. Envolve serviços de terceiros

    10. É um produto altamente especializado

    VANTAGENS
    1. É um grande gerador de benefícios para o núcleo receptor
    2. Impulsiona negócios no núcleo receptor, em todos os
    setores
    3. É uma atividade que favorece interesse para investidores,
    para pessoal especializado e até mesmo para outros setores
    da prestação de serviços que o núcleo possa apresentar
    4. É um grande gerador de divisas para o núcleo receptor
    5. É um grande gerador de fluxos de turistas para o núcleo receptor

    6. É um ambiente que discute cultura e portanto, favorável a
    qualquer núcleo receptor
    7. É um grande gerador de empregos fixos e temporários
    8. É um ambiente perfeito para aplicação da hospitalidade
    9. É um gerador de marketing espontâneo para o local se as
    atividades forem desenvolvidas com habilidade profissional
    10. É uma atividade que valoriza o ser humano na sua inteligência e
    cultura e portanto, todos desenvolvidos no trabalho e na
    receptividade local

    O EPICENTRO de Eventos é o agrupamento de
    pessoas reunidas em um determinado local,
    ambiente e horário, onde por meio de um
    planejamento metódico todos os participantes
    estarão sintonizados no mesmo interesse,
    com algo em comum, pelo menos naquele
    determinado período.



    SURGIMENTO DE UM EVENTO
    1. Captado (idéia solicitada)
    2. Gerado (projeto a ser vendido)
    3. Determinado (calendário de eventos)

    TIPOLOGIA DE EVENTOS
    Por Categoria
    Institucional – Visa criar e firmar o conceito e imagem da empresa, entidade,
    governo ou personalidade.
    Promocional – Visa a promoção de um produto ou serviço de uma empresa,
    governo, entidade ou personalidade, com fins mercadológicos explícitos.

  • Por Tipos:
    Reunião
    Este acontecimento é a célula de todos os demais eventos, não existe a possibilidade
    de planejarmos ou coordenarmos qualquer tipo de evento sem a implantação de
    continuidade de diversas reuniões até ao término dos trabalhos.
    Caracteriza-se pelo encontro entre duas ou mais pessoas, a fim de debater,
    apresentar, discutir tópicos relativos ao tema central escolhido.
    Cada vez mais habitual, a organização de reuniões corporativas externas visa obter
    maior rendimento e foco dos participantes.
    A maioria das reuniões de negócios exige a formalidade, com horário e local pré-
    determinado e geralmente utiliza-se de uma pauta – lista de assuntos a serem
    discutidos – que é divulgada com antecedência.
    Congresso
    Podem ser definidos como reuniões promovidas por entidades associativas, visando a
    debater assuntos que interessam a um determinado ramo profissional.
    Os congressos podem ser realizados em âmbito municipal, estadual, regional,
    nacional ou internacional.

    Convenções
    O termo convenção define-se como uma reunião de determinado grupo empresarial,
    com o intuito de maior integração, transmissão de novas diretrizes ou metas
    empresariais, ou até mesmo de reciclagem profissional
    Seminário
    Apresentação verbal de um tema proposto para um público conhecedor ou interessado
    no assunto, com uma certa linearidade de formação profissional.
    Além de estimular o raciocínio, propaga idéias, permitindo uma maior democratização
    do assunto.
    Conferência
    É caracterizado pela apresentação de um tema por um expositor de notório saber
    (denominado conferencista), que é colocado em destaque e durante um determinado
    período de tempo expõe seu amplo conhecimento. Ao final responde a perguntas
    formuladas pelo público
    Palestra
    Apresenta as mesmas características de uma conferência, sendo que o palestrante
    não necessita ser um grande especialista no assunto, apenas deverá dominar o
    mesmo.
    Mesa Redonda
    Tipo de acontecimento especial moldado em uma clássica reunião, conduzida por um
    moderador.
    As pessoas – em número de no máximo 10 pessoas –permanecem sentadas em
    semi-círculo ou em forma de U, onde debaterão temas polêmicos. Cada participante
    apresenta seu ponto de vista em torno do assunto em pauta, sendo-lhes destinado um
    tempo limite para suas exposições. Estas são controladas pelo moderador, que não irá
    permitir que a discussão fuja do tema central.
    Simpósio
    Tem como principal característica a participação de especialistas de grande renome.
    Destinado a divulgação de experiências, de novas tecnologias e de pesquisas para um
    grupo altamente especializado e interessado no assunto.
    Painel
    Também apresenta muitos itens similares a Mesa Redonda, sendo que permite uma
    exposição com um número menor de especialistas, máximo de quatro pessoas que
    irão apresentar suas visões sobre o tema pré-definido.
    Fórum
    É um tipo de reunião, com características menos técnicas cujo objetivo é estimular
    efetiva participação de um público expressivo, com intuito de formar opinião
    Jornada
    São reuniões de determinados grupos de profissionais realizadas periodicamente com
    o objetivo de discutir um ou mais assuntos que em geral não são discutidos em um
    congresso.
    Concentração
    Segue os mesmos moldes de uma jornada. Seu caráter, entretanto, é mais informal.
    Encontro
    Reunião de profissionais de uma mesma categoria, com o propósito de debater e
    expor temas polêmicos que, posteriormente, são apresentados por representantes dos
    grupos participantes.
    Não possui caráter oficial, nem procura implantar políticas de procedimento após as
    discussões

    Assembléia
    Reunião da qual participam delegações representativas de grupos, estados, países,
    etc.
    Sua característica principal é colocar em debate assuntos de grande interesse.
    O desenvolvimento dos trabalhos se dá por intermédio de uma ordem pré-
    estabelecida. As conclusões são submetidas a votação, transformando-se em
    recomendações da Assembléia.
    Plenária
    Mesmas características que uma assembléia, sendo que somente um assunto será
    abordado
    Feira
    É um evento aberto a um grande público, com finalidade de comercialização imediata
    de produtos e/ou serviços, além de propagação de novidades institucionais. Utiliza-se
    a estrutura de estandes

    Salão
    Evento orientado para a promoção institucional de uma marca, de uma empresa ou
    idéia.
    Sua meta é criar uma imagem corporativa de fácil assimilação pelo público. A venda
    não deve ser estimulada, também despertando a possibilidade de compra futura. Sua
    estrutura é menos grandiosa que uma Feira.
    Exposição
    Possui como objetivo a divulgação e informação. A princípio não tem como
    característica a venda, mas pode despertar o interesse de compra posteriormente.
    Mostra
    Semelhante ao conceito de exposição, de menor porte e com característica de ser
    itinerante, otimizando sua força de divulgação.
    Show
    É todo o encontro, baseado especialmente na demonstração artística em suas
    diversas facetas, principalmente a música. O momento do show é único e conta com a
    participação de uma grande gama de colaboradores por trás do backstage
    (bastidores).
    Brainstorming
    Ao traduzirmos ao pé da letra, iremos ter a seguinte definição: Tempestade de Idéias.
    Este evento nada mais é do uma reunião que visa estimular a comunicação de idéias
    por parte de um grupo previamente unido para este fim.
    A princípio, todas as idéias são aproveitadas, sem nenhum tipo de censura. Já na
    segunda etapa estas serão analisadas e avaliadas conforme suas potencialidades de
    aplicação.
    É importante o estabelecimento de um período de tempo limitado a realização desse
    tipo de evento para melhor aproveitamento de resultados

    Roda de Negócios
    Este tipo de evento tem-se popularizado no meio financeiro.
    Pode assumir ares de mesa-redonda, painel ou simpósio, mas seu objetivo será
    sempre de formalizar negócios, concretizar parcerias empresariais ou concluir uma
    negociação política-econômica.
    Sua estrutura compreende a participação de representantes comerciais com projetos e
    idéias ligadas ao seu negócio, fornecedores e distribuidores apresentam sua rede de
    distribuição etc.
    Tele-conferência ou Vídeo-conferência
    Um moderno meio de organizar uma conferência ou reunião, utilizando áudio e links
    de vídeo em tempo real por meio de uma linha de satélite alugada – DBS (Direct
    Broadcast Satellites) e de um espaço físico adequado, com tradução simultânea.
    ShowCasing
    Um novo tipo de evento lançado recentemente no Brasil, como uma opção às feiras, o
    showcasing insere o conceito de vitrine interativa.
    Os produtos ou serviços são expostos em vitrines fechadas e os visitantes não têm
    nenhum contato com os expositores. A comunicação acontece por meio de linhas
    telefônicas instaladas em cabines que diretamente quando acionadas são conectadas
    a uma central de informações.
    Leilão
    Evento que se utiliza da exposição de produtos que serão vendidos ao público, por
    intermédio de lances individuais, partindo de um valor mínimo determinado.
    Àquele que oferecer o maior lance será o contemplado com a peça.
    Lançamento de Pedra Fundamental
    Caracteriza-se como uma solenidade de que marca o início de uma construção,
    geralmente de grande porte.
    Em uma urna será armazenado vários documentos referentes a obra, jornais da
    época, objetos de referência da empresa, moedas da época, etc

    Inauguração
    Evento que tem como característica a apresentação ao seu público de novas
    construções e/ou instalações.
    Necessita de um cerimonial distinto, com descerramento de placa e desenlace ou
    corte de fita inaugural (no capítulo sobre Cerimonial abordaremos com maior
    profundidade este assunto).
    Visitas Empresariais
    Evento que tem como objetivo apresentar a empresa a um grupo específico em um
    determinado dia e horário. Todo um roteiro é traçado visando atender a curiosidade e
    o interesse dos participantes (ver case 2). Não deve ultrapassar mais que três horas.
    Demonstra como é todo processo de produção ou processo de trabalho, enfim
    apresenta o cotidiano da empresa, seus produtos, serviços e instalações.
    Manhã/Tarde/ Noite de Autógrafos
    Antigamente a grande maioria de lançamentos literários aconteciam à noite, por isso
    este tipo de evento foi nomeado como Noite de Autógrafos. Mas hoje em dia, também,
    é muito comum manhãs ou tardes de autógrafos, dependendo do público (crianças ou
    grupos da melhor idade).

    Vernissage
    Caracteriza-se por ser um evento demonstrativo, de lançamento inédito, ou seja , é a
    primeira vez que estará sendo exposto ao público.
    Geralmente precede uma exposição, como evento de abertura, inaugural. Pode ser
    individual ou coletivo, reunindo vários artistas.
    O termo Vernissage vem do idioma francês, e traduz-se em função de uma estória que
    os artistas boêmios franceses do século XIX, após terminarem algum trabalho artístico
    com uma demão de verniz, convidavam seus principais amigos para apreciarem a
    obra e degustarem uma taça de vinho.

    Desfile
    Este evento caracteriza-se pela apresentação de produtos, geralmente ligados a moda
    (vestuário, jóias, bolsas, sapatos e acessórios), utilizando-se de modelos ou
    manequins profissionais.
    Festival
    Como o próprio nome já diz, este evento caracteriza-se por uma festa de variedades
    demonstrando ao público uma gama de estilos ou apresentações variadas conforme o
    interesse deste grupo.
    As possibilidades de realização de um festival são inúmeras como os ligados a área
    gastronômica (festival italiano, português, árabe, etc.) a área musical (festival de jazz,
    festival da MPB, etc.), a área artística (festival de dança, festival do teatro, etc.), entre
    outros.
    Excursão
    Evento que reúne um grupo de pessoas, com o objetivo de viajarem, conhecerem
    novos lugares, novas culturas e acumularem novas experiências.
    Torneio
    Evento ligado diretamente a área esportiva, com regras estabelecidas, com intuito de
    competição entre mais de um participante, sendo o número de participações ilimitados.
    Concurso
    Também caracteriza-se pelo vínculo de competição entre os participantes, seguindo
    um regulamento específico elaborado para a ocasião. Não restringe-se a nenhuma
    área de interesse específica. Este regulamento deve ser conduzido e formatado por
    uma comissão técnica e especializada no assunto, além disso requer a participação de
    um júri para acompanhar o cumprimento das regras e avaliação dos melhores
    desempenhos. Dependendo da premiação requer autorização do Ministério da
    Fazenda.
    Campeonato
    Apresenta algumas semelhanças com o torneio, também utilizando um rigoroso
    regulamento. Distingui-se pelo seu critério de periodicidade e abrangência mais ampla
    que um torneio.
    Olimpíadas
    Nada mais é do que um conjunto de torneios e campeonatos, com regulamentos e
    cunho de competição e com uma maior amplitude de participação.
    Comício
    Evento destinado a princípio a candidatos a cargos eletivos, que irão expor suas
    plataformas políticas e programas que pretendem implantar durante seu mandato
    Passeata
    Evento que traduz a manifestação popular, através de um ato público, um passeio com
    cunho estritamente político de apoio ou protesto, diante de um fato ou decisão.
    Característica de ampla democracia, permitindo a participação de todos em um
    mesmo patamar.
    Sarau
    Tipo de acontecimento festivo realizado a tarde ou início da noite envolvendo
    concertos musicais, demonstrações artísticas ou literárias. Muito comum no século
    passado, este evento está rejuvenescendo e vem sendo promovido por escolas ou
    grêmios estudantis com intuito de incentivar novos talentos.
    Entrevista Coletiva
    Evento destinado a um público dirigido – a Imprensa – com o intuito de transmitir
    informações referentes a um determinado assunto ou acontecimento.
    Um ou pelo menos dois representantes da empresa, da comissão ou coordenação
    envolvida se colocam a disposição dos jornalistas convocados para apresentação de
    dados e maior detalhamento sobre o tema em questão
    Curso
    Evento com intuito educacional, informativo, que capacita o público participante sobre
    determinado assunto.
    Pode ser utilizado como mecanismo de formação ou até mesmo de reciclagem
    profissional.
    Workshop
    Este evento reunindo um determinado segmento de mercado,participa ativamente das
    discussões, após uma pequena exposição de um coordenador-central, especialista no
    assunto, que estimula a participação de todos em oficinas de trabalho, que têm como
    objetivo a produtividade e obtenção de novos conceitos e alternativas.
    Em resumo o participante vê como se faz e tem oportunidade de executar a tarefa,
    tornando a teoria em prática.

  • Happy Hour
    Evento de cunho predominantemente social, surgido no início dos anos 90, para
    atender aos executivos que, ao deixar o trabalho, reúnem-se para um drink durante a
    hora do rush.
    Gincana
    Evento que apresenta características de competição, cujos participantes devem
    realizar os cumprimentos de inúmeras tarefas elaboradas por uma equipe, que
    mesclam pedidos engraçados e alguns com um certo grau de dificuldade.
    Festas Temáticas
    Prática cada vez mais comum no Brasil, sendo um dos seus maiores exemplos o
    Carnaval, que durante, quatro dias ou mais, empolga o país. Recentemente esse
    evento de Momo foi eleito pelo site Fun Party , como a maior festa do mundo.
    Estudos de Caso
    Tipo de evento mais utilizado na área científica ou médica, onde um determinado caso
    é apresentado a um grupo de participantes e após a disseminação das informações, o
    grupo procura a solução mais adequada a ser implantada.
    Cerimônias Fúnebres
    Honras que se prestam em cerimônias de sepultamento. Mais usual quando o
    falecimento de personalidades.

    Assembléia
    Reuniões de representantes ou delegações de segmentos do mercado, que colocam
    em debate assuntos de grande interesse. O desenvolvimento dos trabalhos tem como
    peculiaridade a orientação das delegações para se posicionarem em lugares
    determinados. Há uma votação das conclusões abordadas e posteriormente
    transformadas em recomendações a serem seguidos por todo o grupo.
    Aula Magna
    Uma espécie de conferência, onde um renomado especialista é convidado para uma
    apresentação no meio acadêmico e/ou educacional. Requer um protocolo cuidadoso,
    pois tem como característica básica a formalidade.
    Aula Inaugural
    Possui as mesmas características da Aula Magna, só que não utiliza-se da
    formalidade, geralmente utilizada quando o início do ano ou semestre letivo.
    Debate
    Discussão realizada, entre, pelo menos dois oradores ou também chamados de
    debatedores, para defender um ponto de vista já pelo menos conhecido pelo público.